Mesmo com tantos motivos pra criticar o governo e sua candidata, a revolta contra os eleitores mais pobres parece ser mesmo a tática preferida de alguns militantes opositores.
Se você acha que os médicos esvaziaram os reservatórios de chorume, prepare-se para ler um texto vindo diretamente das profudenzas do volume morto, O manifesto anti-nordeste foi publicado na Revista Actual, que circula gratuitamente pelo interior de São Paulo. O título da coluna é “DESESPERO”:
O colunista Anderson Magalhaes propõe uma estratégia terrorista pra dificultar a participação dos pobres na festa da democracia. A coluna começa até que bem tranquila:
"Ainda tem salvação!!! Nesta eleição, diga não ao povão e faça com que a Dilma e sua corja perca seus votos na última hora”
Até aí, nada tão absurdo perto das declarações feitas no “Dignidade Médica”. Preste atenção apenas no erro de concordância em negrito, ele lhe será útil daqui a pouco.
"Vamos fechar as bocas de urna e as bocas de fumo, trancar as nossas ‘secretárias do lar’ em casa, interditar as casas de forró e proibir os porteiros de saírem dos prédios. Vamos paralisar todas as linhas de trem e ônibus, tirar a tv aberta do ar e obrigar todos assinarem pay per view. Subornar todos os que tenham ajuda de custo para o supermercado. Cancelar os vôos vindos do Nordeste e fazer sanções econômicas à Bahia enquanto Carlinhos Brown não prometer voto de silêncio … Ate la, Salvador e adjacências vão viver apenas do que produzem: dendê, cocada e Luiz Caldas"
A coisa alcançou um nível tão chorumesco, que chego até imaginar que o colunista seja um petralha infiltrado na revista pra difamar a oposição.
Mas tudo que está ruim ainda pode piorar:
Alagoas, Piaui e Maranhão ficariam de fora do cenário eleitoral por falta de quorum alfabetizado. E, para ter seu voto validado, todos terão de formular uma frase inteira sem erros de concordância e com todos os plurais - a regra vale para Goias e Tocantins, que politicamente pertencem a região Norte. Será que da certo?
Numa democracia isso não dá certo, não, querido. Sua proposta é o mais puro creme de chorume fascista. E, nesse mundo idealizado, está claro que sua carreira de carrasco gramatical seria um fracasso.
HOLOCAUSTO DE NORDESTINOS É O DESEJO DA COMUNIDADE "DIGNIDADE MÉDICA".
POSSO POSTAR ISSO NO MEU FACE?mUITOS AMIGOS QUEREM LER!!!
ResponderExcluirInaceitável, revoltante , triste e vergonhoso!
ResponderExcluirAOS AMIGOS, LEITORES E QUEM POSSA INTERESSAR!
ResponderExcluirVenho através desta nota manifestar a minha real opinião sobre a matéria intitulada "Desespero", escrita por mim e publicada na última edição da revista Actual. Quero que saibam que em nenhum momento eu quis generalizar ou menosprezar alguma classe... muito menos "puxar sardinha" para algum partido político ou fazer alusão ao preconceito. Tentei ser irônico ao escrever um texto que tinha como objetivo justamente ser irônico com o preconceito que tenho visto sendo destilado na redes sociais. Infelizmente não consegui o nível de ironia que gostaria ao pontuar o texto “Desespero” e, com isso, acabei gerando uma incorreta interpretação e muito mal-estar. Errei sim, mas errei tentando acertar, como todo ser humano! No fim do texto eu digo: "Será que da certo?" Denota uma CRÍTICA VELADA a quem pensa assim, em maioria aos velhos caciques da política brasileira fadados ao limbo, e não que eu estaria propondo isso! A todos que sentiram-se ofendidos com o artigo publicado na revista, que tinha justamente como objetivo questionar os estereótipos com os quais a todo instante rotulam os brasileiros do norte, nordeste e centro-oeste, deixo aqui expressas minhas sinceras desculpas. Estou realmente chateado com a repercussão contraria!
Ah, vá!! Conta outra meu filho!! Patético! Explicação ridícula! Você já foi despedido do jornal. O que mais vc quer? Ser famoso? Conseguiu. Puxou sardinha SIM para o Aécio! Desmereceu todos os brasileiros que não são brancos e ricos! E ainda por cima é "debochado"! Você não merece JAMAIS trabalhar na imprensa! Não merece o respeito alheio depois de uma barbárie como essa!
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